sexta-feira, 5 de julho de 2013

Conheça a acusação contra Amauri Gasques e sua defesa

17/10/2006 - 12h54

Acusação:


O deputado Amauri Gasques (PL-SP) é citado no relatório parcial da CPMI das Sanguessugas como autor de emendas no valor de R$ 5,12 milhões, entre 2004 e 2006, suspeitas de abastecer o esquema de fraudes em licitações na área da saúde. O empresário Luiz Antônio Vedoin, líder do esquema, disse que fez um acordo com o deputado, no qual este receberia 10% dos valores dessas emendas e, mais tarde, 12%.
 
O pai do empresário, Darci Vedoin, afirmou que Gasques e a sua mulher e chefe de gabinete, Edna Gonçalves, negociavam com prefeitos o direcionamento de licitações para a compra de equipamentos hospitalares e medicamentos. Em troca, o deputado teria recebido R$ 16 mil repassados para a conta de Edna, R$ 10 mil em espécie, R$ 10 mil depositados na conta de um assessor e R$ 5 mil pagos pelo empresário Ronildo Medeiros. Medeiros teria crédito de R$ 42 mil com o deputado, por este não ter apresentado uma emenda para a qual recebera adiantamento.
 
Acusada de operar o esquema de fraudes no âmbito do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino foi assessora de Gasques entre março e agosto de 2005.
 
Defesa:
 
Amauri Gasques afirma que nunca fez acordo com os Vedoin e que não sabia dos depósitos feitos por eles na conta de Edna Gonçalves. O primeiro depósito ocorreu na época em que ela trabalhava no gabinete do deputado Vieira Reis (sem partido-RJ). Outros três depósitos foram feitos no período em que Edna trabalhava para Gasques, mas ainda não vivia junto com ele. O deputado ressalta que Edna não repassou dinheiro para ele, como demonstram extratos bancários da conta bancária dela.
 
O dinheiro recebido pela assessora, segundo o deputado, foi um empréstimo para ela pagar despesas médicas de sua filha, já falecida. Após a divulgação dos depósitos, Edna pediu exoneração do cargo.
 
O deputado acrescenta que não teve nenhum contato com o assessor Cristiano de Souza Bernardo, que trabalhava para o deputado Vieira Reis e recebeu R$ 10 mil dos Vedoin. Amauri Gasques também destacou que não fez nenhuma interferência nas licitações referentes às suas emendas ao Orçamento. Ele lembra que a própria Maria da Penha Lino negou a sua participação no esquema de fraudes.
 
Além disso, o parlamentar criticou a falta de oportunidade de defesa na CPMI das Sanguessugas e classificou como "inconsistentes" e "orquestrados" os depoimentos dos Vedoin e de Ronildo Mederios.
 
 

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