Historicamente, essa polarização apareceram na Revolução Francesa, século XVIII, governada pelo rei Luís VI em uma monarquia absolutista (política, economia e justiça nas mãos do rei).
Na primeira fase da revolução (1789) foi convocada uma reunião na Assembleia Nacional e, para manter a ordem, fez-se necessária a separação entre Girondinos e Jacobinos.
De um lado (à direita) os Girondinos, que queriam o fim dos privilégios e igualdade de todos perante a lei e, do outro lado (à esquerda) os Jacobinos, que também queriam o fim dos privilégios mas com um poder centralizado.
Nos Estados Unidos existem apenas dois partidos grandes, Democratas e Republicanos, sendo o primeiro de centro-esquerda e mais antigo do mundo, com idéias progressistas e liberais. O segundo, de direita, já com ideias voltadas ao conservadorismo (econômico, social e fiscal).
Definição prática de Esquerda e Direita
Esquerda Fabiana
O que conhecemos hoje por esquerda ou extrema esquerda são os partidos “vermelhos”, PT, PSOL, PSTU, PCB, PCdoB, PCR etc. Estes são escancaradamente de esquerda, mas há alguns outros partidos que, disfarçados de oposição, compartilham tanto da mesma ideologia política, quanto da sua sede pelo poder. É o caso do PSDB (Partido Social Democrata Brasileiro).
A esquerda Fabiana apareceu no século XIX e inspirou-se nas táticas do político Romano Fábio Máximo (daí o nome), que consistia em conquistar o poder de forma gradual e sorrateira. O objetivo é o mesmo. Esta é a principal diferença entre socialismo fabiano e marxismo. Os Marxistas querem o socialismo por meio de uma revolução, já os Fabianos por meio da conquista gradual.
Nos dias de hoje, não podemos confundir o ser conservador com ser de direita. Conservadorismo é uma postura, uma forma de lidar com as mudanças procurando preservar instituições consideradas importantes para a manutenção da sociedade. Isso não é necessariamente algo positivo, visto que o Keynesianismo (linha de forte intervenção do estado na economia) é considerado uma ideologia de direita e afronta fortemente as liberdades individuais.
Para ficar bem simples e claro, o pensamento liberal procura valorizar e proteger o indivíduo em sua singularidade, o que contraria todo pensamento coletivista. Pensando dessa forma fica evidente que, quanto mais uma ideologia política tende a ignorar e/ou não respeitar o indivíduo, mais nociva ela se torna.
Entendendo que a menor fração da sociedade é o indivíduo, que sua propriedade privada (mente, corpo e bens) deve ser preservada e não violada, que qualquer intervenção sem seu consentimento é desrespeitá-lo (fui brando, na verdade é crime), seguramente podemos concluir que não há partidos de direita no Brasil.
Todo pensamento político ideológico não pode ser meramente reduzido aos rótulos “direita” ou “esquerda”, a socialistas ou liberais, democratas e republicanos, A ou B. No entanto, todo pensamento político pode ser coletivista ou individualista.
Quanto mais individualista, mais inclinado às liberdades e mais tendencioso à direita histórica e, quanto mais coletivista menor é a preocupação com a singularidade do indivíduo.
Conservador, de esquerda ou de centrão defendem o Estado, o seu sistema, o que é muito diferente de defender o cidadão. No Brasil não existe esquerda ou esquerda, o que existe é de um lado o reconhecido aproveitador, que quer vencer facilmente e do outro lado o aproveitador econômico que quer conservar a sua posição.
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