sexta-feira, 5 de julho de 2013

Amauri Gasques - A Prova da Propina

Documentos envolvendo parlamentares são contundentes: de cheques a comprovantes de depósitos feitos pelas empresas do grupo Planam

O clima no Congresso raramente esteve tão tenso quanto na última semana. Uma parcela de parlamentares fazia enorme pressão para tirar nomes da lista dos sanguessugas. De outro lado, deputados e senadores não citados no esquema que superfaturava a compra de ambulâncias pressionavam para que a lista fosse a mais ampla possível. No meio do embate, os membros da CPI que investiga as fraudes nas emendas ao Orçamento e dez técnicos trabalhando até 16 horas por dia para finalizar um primeiro relatório que será divulgado na quinta-feira 10. Apesar de alguns dados ainda não estarem disponíveis, o documento a ser apresentado certamente representará a morte política de vários parlamentares. ISTOÉ teve acesso exclusivo a diversos documentos já em poder da CPI, da Polícia Federal e do Ministério Público. São cheques, extratos bancários, depósitos e gravações telefônicas que serão usados no relatório e que servirão como base para o pedido de cassação de 14 deputados. Eles receberam dinheiro em suas contas correntes ou nas contas de parentes muito próximos, como filhos e mulheres. Outros 30 parlamentares recebiam a propina por intermédio de assessores. Um deputado está nas duas listas, pois recebeu tanto na própria conta corrente como na de seu chefe de gabinete.

Alguns parlamentares depositaram a propina em contas correntes de parentes diretos. Amauri Gasques (PL-SP) ordenava que os depósitos fossem feitos nas contas da esposa e assessora, Edna Gonçalves Souza. O dinheiro entrava na agência do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal localizada no interior do Ministério da Defesa. Total: R$ 25,9 mil.
 
 
 
Fonte: Isto É Independente
           Portal Terra

 

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