sábado, 6 de julho de 2013

Cronologia dos desdobramentos do escândalo dos sanguessugas

Maio/2006
 
A Polícia Federal inicia a Operação Sanguessuga e prende 46 dos 53 acusados de estarem fraudar licitações das novas ambulâncias com desvios de dinheiros que somam a 50 milhões de reais, que envolve desde funcionários do Ministério da Saúde até assessores políticos. Dos 46 presos, 9 eram assessores de deputados, 20 funcionários do Ministério da Saúde e 2 eram ex-deputados: Ronivon Santiago e Carlos Rodrigues, o “Bispo Rodrigues” do PL, que se entrega à polícia. Ronivon Santiago foi acusado em 1997, de envolver com o escândalo de pagamento do governo aos parlamentares para aprovar no Congresso Nacional a emenda constitucional que prevê a reeleição em cargos políticos por mais 4 anos. Rodrigues estava envolvido no caso Waldomiro Diniz em fevereiro de 2004 (que levou a Igreja Universal a suspender como bispo de igreja) e o mensalão, que em setembro renunciou o mandato para escapar a cassação. A polícia diz que a investigação envolve 60 parlamentares e que só vai investigar se o STJ autorizar. Horas depois, o PL anuncia que protocolou o documento que prevê a expulsão ou não Carlos Rodrigues do partido.
 
Em 5 de maio, a Polícia Federal, diz que a Operação Sanguessuga, realizada ontem que prendeu mais 40 pessoas, entre eles 2 ex-deputados, diz que envolve 60 parlamentares, sobre a compra de ambulâncias. A polícia diz que o envolvimento de deputados lembra o fato acontecido há 13 anos, quando estourou o escândalo dos “anões do orçamento” em que 18 parlamentares envolveram desvios de dinheiros no Orçamento da União, na época 6 deles renunciaram os mandatos e poucos foram absolvidos e a maioria perdeu os mandatos. O envolvimento de deputados a mais uma acusação leva o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, que no fim de semana vai iniciar a investigação.
 
Em 8 de maio, mais três deputados são envolvidos sobre a compra fraudulenta das ambulâncias, desmantelada pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga: Eduardo Gomes (PSDB-TO), Nilo Capixaba e João Caldas. Apesar da acusação, Nilo Capixaba presidiu o plenário quase vazio, sem nenhum constrangimento. A lista aumenta para 67 deputados e 1 senador, ambos envolvidos incluindo os 2 ex-deputados.
 
O líder da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B) diz no plenário quase vazio, que vai iniciar a investigação dos 67 deputados acusados de estarem suspeita com o esquema de faturamento fraudulenta das ambulâncias, desmontada pela Polícia Federal (PF) na Operação Sanguessuga e punir os acusados. Rebelo diz que deve separa “joio e o trigo” dos que estão ou não envolvido na máfia das ambulâncias. No entanto, no momento em que falava sobre a possibilidade de mudança, uma nova denuncia constrange Rebelo, ao ser divulgado pela Justiça Federal à imprensa por uma servidora presa pela operação, uma lista dos acusados subiu para 170 acusados, dizendo à imprensa que vai investigar. O caso mais grave é o deputado Reginaldo Silva Germano (PP-BA), ao receber mais de R$ 2 milhões.
 
A Planan vendia ambulâncias com o preço acima do mercado e o Luiz Vedoin, presidente da Planan, conversa com a irmã Alexandra (ambos presos), que trata sobre a conta do banco, com o dinheiro ser entregue ao deputado Reginaldo Silva Germano (PP-BA).
 
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, anuncia a criação de uma comissão que reuniria os 10 parlamentares e 3 senadores, pra evitar que aconteça o caso como o faturamento ilegal das ambulâncias.
 
Em 19 de agosto, a revista Veja, datada do dia 23, diz que o empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, cita pela primeira vez o nome do senador como integrante da máfia dos sanguessugas: Antero Paes de Barros (PSDB-MT). Caso seja confirmado, será o 4º senador sanguessuga a ser envolvido. Vedoin afirma ter pagado R$ 40 mil reais por emendas apresentadas pelo parlamentar, que foi repassado ao deputado Lino Rossi (PP-MT), a pedido de Antero.
 
Horas depois, Antero Paes de Barros, nega as acusações de Vedoin e jura a inocência. Horas depois, Lino Rossi, também nega as acusações de Vedoin. 
 
O senador Antero Paes de Barros (PSDB) nega as acusações dos Vedoin de ser mais um político sanguessuga e ameaça pedir a prisão deles. Ele disse que vai apresentar defesa prévia à CPI, para comprovar que não participou do esquema liderado por Luiz Antônio Vedoin.
 
Após denúncia contra o senador tucano, CPI quer reconvocar Vedoin. O senador foi citado pelo Vedoin como mais um político sanguessuga à revista Veja. Mais tarde, o TRE nega liminar ao Antero.
 
O deputado Lino Rossi (PP-MT), acusado de ser o campeão no recebimento de propina (R$ 3 milhões) da máfia dos sanguessugas, isenta o senador Antero Paes de Barros (PSDB) das acusações na revista Veja.
 
A CPI afirma que o 4º senador estaria envolvido no escândalo: Antero Paes de Barros (PSDB-MT), segundo o depoimento do empresário Luís Antônio Vedoin da semana passada. O senador nega à imprensa que seja envolvido na máfia das ambulâncias, mas admite que conheça o empresário Luís Antônio Vedoin e que tem relação com o deputado envolvido Lino Rossi (PP-MT).
 
A CPI decide notificar e investigar mais três parlamentares suspeitos de participação na máfia das ambulâncias: o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e os deputados Philemon Rodrigues (PTB-PB) e Salvador Zimbaldi (PSB-SP), para que prestem esclarecimentos sobre as denúncias reveladas pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam. 
 
O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, vai pedir à CPI dos Sanguessugas cópia dos documentos referentes à suposta participação do senador Antero Paes de Barros nas sanguessugas.
 
Notificado no dia 26 pela CPI, para prestar esclarecimentos sobre a suposta participação na máfia das sanguessugas, o senador o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), rebate acusações de Vedoin e recebe apoio de líderes do PSDB. Ele critica a conduta da CPI que decidiu no dia 27 incluí-lo nas investigações.
 
O dono da Planan que comandava a máfia, Luiz Antônio Trevisan Vedoin, que está em Brasília, começa de manhã, a prestar o depoimento à Polícia Federal (PF) para detalhar a participação dos parlamentares sanguessugas. O depoimento dura 12 horas, praticamente o dia inteiro, mas ele não apresenta novidades. O advogado dele, Otto Medeiros, reforça denúncias contra o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).
 
O candidato à presidência, Geraldo Alckmin (PSDB) diz em Cuiabá (MT) que o Brasil "anda para trás" e pede votos para o senador Antero Paes de Barros (PSDB), candidato a governador de Mato Grosso, investigado pela CPI dos Sanguessugas por suposto envolvimento com o esquema de venda de emendas ao Orçamento da União.
 
Segundo a CPI, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) negociou emenda para ambulância.
 
O candidato à presidência, Geraldo Alckmin (PSDB) diz que senador do mesmo partido, Antero Paes de Barros (MT), deve explicar emendas para compra de ambulâncias.
 
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) anuncia que não encontrou provas contra o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e que enviou hoje e-mail ao senador para comunicar a inocência de que vai recomendar no relatório final da CPI dos Sanguessugas que Antero não perca o mandato.
 
O Ministério Público Eleitoral de Mato Grosso pede indeferimento de candidaturas de Antero Barros e Serys.
 
Leia na íntegra: Wikipédia
 
 

 

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